quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

I Hope You Die


Todos os dias algo me relembra porque odeio tanto aquele homem... Desde os berros às proibições, passando pela forma possessiva e neurótica como tenta controlar a vida de toda a gente.
A agoniante sensação de que vou ter que conviver com ele naquele momento, todos os dias.... Quero fugir! Quero sair daqui, para bem longe...
Quero que desapareças da minha vida! Quero que morras!
Porque fazer um filho é fácil, viver com ele não...
Não te consigo considerar meu pai, porque não o és... Deixaste de o ser quando nem tentas-te...
Daddy, I hope you die...
(and I mean it, more and more each day)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Princess lost her Shine

Ando desencantada com a vida... Ninguém me dá um motivo válido para retirar o rabo da cama todos os dias de manhã!
Vou todos os dias para a escola com o intuito base de aprender... Quando chego, a primeira coisa que me pedem é para não pensar, para não ser crítica! Fazem-me encornar (que é, realmente, o termo correcto) aquilo que querem que os meninos digam e o pensamento que fique lá bem preso. E ai dele que pense em sair!
Os rebeldes, deliquentes, inconformistas, irreverentes são os maus, são aqueles malandros de críticos pensantes que têm a ideia (vinda não sei de onde) de que nasceram com uma coisinha entre as orelhas a que os entendidos chamam cérebro. E que raio de ideia!
Impõe-nos (sob a pena de exclusão do círculo da normalidade) que deixemos de pensar e que aceitemos de braços abertos (e vácuos no crânio) aquilo que os outros, com autoridade na sua maioria devida pura e simplesmente à idade, pensaram para nós.
Aqueles que tentam pensar por si são aberrações, são estranhos e, como insulto supremo produzido por vácuos em lugar de cérebro, são estúpidos. O que me desencanta!
Desencanta imenso pois fui eu amaldiçoada com um cérebro, um maravilhoso cérebro, que me violenta de formas variadas se eu me curvo por momentos perante essa falta de pensamento denominada de normalidade.
E dizem os antigos que o Parvo merece o céu, porque é feliz sem culpa. Sorte o Parvo ter a idade que tem, porque se nascido hoje seria um aluno encornador e teria uma belíssimo vácuo para preencher com ideias de outrém. E não seria feliz ou não teria o céu, porque hoje ser feliz é ser culpado, pois os infelizes sofrem com isso. No fim, o Parvo não iria perceber a sua vida e acabaria no suicídio, que é pecado, e consequentemente no Inferno! Mas seria normal!
E eu desencanto-me... Porque quero pensar, quero críticar e julgar! Quero ter ideias próprias! E ninguém me deixa pensar! Ninguém! E é triste... Porque o normal é o Parvo e Gil Vicente é estúpido por ter usado o cérebro para o pensar.